Patrimônio Material

 


Cerâmica Baniwa




De coloração quase branca, a cerâmica produzida pelas mulheres Baniwa (povo indígena com mais de 7145 em população, que vivem na fronteira com o Brasil, Colômbia e Venezuela) possui uma grande diversidade de padrões gráficos de coloração vermelho-alaranjado, que enfeitam cada um dos utensílios. As cerâmicas claras têm um acabamento vitrificado que vem de resinas vegetais como o arbusto oomapihitako ou a seiva do jutaí, wakhamaali, planta da família do jatobá. Aplicada após a queima da peça por meio de um cuidadoso aquecimento, esta resina funciona como verniz que protege a peça do desgaste provocado pelo uso. A pintura – grafismos geométricos aplicados no interior ou exterior dos potes de acordo com o tipo e o uso – é feita antes da queima, quando a peça ainda possui um aspecto cinza, da cor da massa cerâmica composta de argila rara e a casca do caraipé (kawa, em Baniwa).



Rede de descanso




A rede parece ser originária da área amazônica do Orinoco. Em relação a sua idade, considera-se que ela surgiu com as culturas típicas da floresta tropical, por volta de 2500 a.C. Existem algumas pinturas em cerâmicas dos incas e maias com redes, porém, para uso voltado ao transporte da nobreza. Em meados do século XVI, as redes de descanso também eram a principal opção usada pelas marinhas, espanhola e inglesa, para dormir no convés. Já no final do século 19, elas foram usadas nas prisões britânicas e dessa forma economizavam espaço e reduziam custos. De primeira ideia, as redes não foram criadas pra descanso e lazer, mas sim para a segurança durante o sono, já que a maneira suspensa em que ela é colocada, afastava as criaturas e insetos perigosos nos climas mais quentes. 

Já aqui no Brasil, as redes são mais famosas em sua região de origem como já dito, e no Nordeste também, mas claro, já é usada em todo o país como um ótimo item de lazer. 

Fato curioso: 

Cristóvão de Colombo foi o grande responsável por trazer as redes para a Europa após observar o seu uso nas Bahamas, pelo povo Taino. No período colonial, com a chegada de lona e algodão, foram criadas as primeiras redes que conhecemos hoje. 



Agogô





É um instrumento musical musica de metal muito usado no candomblé, na capoeira e no samba. É feito de dois pedaços de ferro, um menor que outro ou dois cones ocos e sem base, de tamanhos diferentes, de folhas de flandres, ligadas entre as vértices. O instrumento é tocado com uma baqueta

O nome vem de akokô, palavra nagô que significa “relógio” ou “tempo”.


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